Hoje, com o crescimento acelerado da demanda por energia nos
centros urbanos surgem, a todo o momento, novas possibilidades comerciais para
energias alternativas. Grande parte das empresas se preocupa em criar produtos ecológicos
desde a produção até o descarte.
Em 2011, a
Philips desenvolveu um conceito de lâmpada que utiliza uma enorme colônia
de bactérias para produzir energia. Maiores detalhes no site oficial da empresa, em inglês. A invenção foi
denominada Bio-Light e é um conceito que utiliza diferentes tecnologias
biológicas para proporcionar efeitos luminosos nos ambientes.
Ele
explora o uso de bactérias bioluminescentes, que se
alimentam de metano e material de
compostagem. Alternativamente, a luz de matriz celular
pode ser preenchida com proteínas
fluorescentes que emitem luz
de diferentes frequências. A luminescência é a
capacidade que uma substância tem de emitir luz quando submetida a algum tipo
de estímulo, geralmente em reações químicas.
"O design também traz elementos modernos: a lâmpada tem uma
parede de vidro em forma de células, própria para abrigar colônias bacterianas.
Cada uma delas é conectada a finos tubos de silicone por onde o metano e os
materiais compostos são conduzidos até os micro-organismos vivos, alimentando-os. Para
alimentar cada uma das colônias e manter a produção de energia, a Philips
sugere que o metano seja recolhido do processo de trituração de alimentos, como
os vegetais, por exemplo." Trecho da matéria 'Empresa cria lâmpada
ecológica que utiliza bactérias para produzir luz' disponível no site Olhar Digital.
O conceito
apresentado pela Philips ainda não é capaz de substituir a iluminação artificial.
Ele é apenas um primeiro passo em busca de formas ecológicas de produção de
energia. Contudo, a Philips acredita que o projeto poderá ser usado como um
indicador noturno em estradas, sinais de saída de emergência, faixas de
advertência em lances de escadas, monitoramento do status de doenças como a diabetes em pacientes individuais, utilizando biossensores
bioluminescentes e outros usos que necessitem pouca iluminação.
De acordo com a
Philiphs, não é uma tecnologia para os dias de hoje e sim para o futuro. É um
conceito de design visionário. Contudo, provavelmente essa descoberta
incentivou outras pesquisas. Neste ano de 2013, três alunos da Universidade de
Wisconsin, nos Estados Unidos, projetaram uma lâmpada que funciona com a
luminosidade gerada por bactérias do sistema digestivo.
De
acordo com notícia publicada no site Ciclo Vivo "O projeto, que foi batizado de
“Biobulb”, sugere que a iluminação seja produzida pela bactéria Escherichia
coli – presente no intestino dos seres humanos. Para isso, a equipe de
biologia sintética busca uma maneira de modificar o gene da bactéria para fazer
com que ela brilhe como os vagalumes."
"Os estudantes também pretendem
desenvolver um ecossistema auto-suficiente. Serão colocados vários tipos de
micro-organismos, cada um desempenhando uma determinada função e mantendo a
vida dentro de um recipiente fechado, como uma lâmpada. Esses organismos então
gerariam luz por meses sem gastar energia elétrica."
O projeto “Biobulb” já teve o apoio
de financiamento coletivo de mais de dois mil dólares.
Alexandra, integrante do grupo, acredita
que além da questão da falta de acesso a eletricidade (situação ainda comum nos
dias atuais), o projeto pode reduzir o preconceito com os experimentos feitos
com organismos geneticamente modificados. Os estudantes pretendem que o Biobulb
sirva como ferramenta educacional de conscientização acerca das possibilidades
da engenharia genética.