Fonte: Scuola Italiana Design
No Brasil, está sendo estudado por cientistas da Unesp uma tecnologia que faz uso apenas de pressão e vibração para gerar energia sem produção de subprodutos poluentes, os pisos geradores de energia. O objetivo é desenvolver um produto nacional e estudar soluções para otimizar a técnica, tornando-a mais acessível.
Fonte: Trends in Japan
A ideia de gerar energia pelo impacto de passos ou rodas deriva da piezoeletricidade, que é a propriedade que certos materiais têm de liberar elétrons em resposta à pressão mecânica. A piezoeletricidade foi descoberta pelos irmãos Pierre e Jacques Currie, na França, e já é aplicada em sensores acústicos, microscópios e relógios de quartzo. Na aplicação em geração de energia, o piso teve uso em uma boate em Roterdã, na Holanda.
A empresa japonesa Soundpower já comercializa
esses pisos, chamados de ,Power-Generating Floor e realizou testes em duas
estações de trens de Tóquio, chegando a conclusão de que a pisada de uma
pessoa de 60 Kg gera cerca de 0,1 watt de energia. A cerâmica empregada no
produto, geralmente o titanato zirconato de chumbo (mais conhecido pela sigla
em inglês PZT), precisa se deformar com a pressão mecânica e ser capaz de
voltar ao estado inicial uma vez cessado o estímulo – é nesse movimento que se
gera energia, mas com o uso, o material vai perdendo essa maleabilidade.
Fonte: Sustainable Dance Club
Para
aumentar a durabilidade e flexibilidade do material, estuda-se na Unesp a
mistura do PZT com polímeros, o que diminuiria o uso do PZT para obter o mesmo
efeito, diminuindo o custo da tecnologia. Em laboratório, o material obtido até
agora, quando pressionado pelos dedos do pesquisador, foi capaz de acender um
LED. Outro desafio a ser superado para que os pisos geradores de
eletricidade possam ser usados em larga escala é o armazenamento da energia
já que estocá-la exige supercapacitores, que são caros e espaçosos.
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