30 de ago. de 2013

Célula solar orgânica de alta eficiência

Fonte: IFSC USP


O inventor das células solares orgânicas, Michael Gratzel, deu outro impulso marcante à sua criação original.
Sua equipe construiu células solares sensibilizadas por corante (DSSC) em uma versão de estado sólido - as DSSC são também conhecidas como "células de Gratzel".
A DSSC de estado sólido utiliza um material chamado perovskita (CaTiO3) para coletar a luz, funcionando também como material de transporte das cargas positivas para substituir o eletrólito líquido da célula.


Os protótipos apresentaram uma eficiência recorde de 15% na conversão de energia solar em eletricidade, aproximando-se muito das células solares de silício.
A equipe acredita que a inovação representa uma nova etapa no desenvolvimento das células solares orgânicas, agora em um novo patamar de eficiência.
Esse tipo de célula solar tem potencial para ser muito barato, podendo ser fabricado em larga escala, sobre substratos plásticos transparentes.


Sites Consultados:
Inovação Tecnológica
IFSC USP
Refrisat Blog
Energia Inteligente UFJF

Pneus para a pavimentação de rodovias

Fonte: Rheo Set


Dos 170 mil quilômetros de malha asfáltica que percorrem o território brasileiro, atualmente 8 mil destes são os chamado “asfalto-borracha”. O que de fato torna esse método interessante, é o seu processo: Para cada quilômetro pavimentado, são utilizados 600 pneus onde o maior grupo responsável utiliza o asfalto-borracha por meio da reciclagem.



Embora esta tecnologia exista há mais de 5 décadas, o Brasil só teve acesso a partir dos anos 2000. A grande questão em voga é a construção de uma consciência ambiental capaz de auxiliar em projetos como esses, tendo em vista que anualmente, são descartados mais de 30 milhões de pneus.


Um dos maiores argumentos utilizados, todavia, é do encarecimento da pavimentação (cerca de 30%), como relata o consultor em pavimentação, Firmino Sávio de Souza: “Se precisa de um processo industrial para adicionar a borracha que vai dar condição de melhor resistência ao impacto de tráfego e da intempérie é óbvio que fica mais caro.” 



Não obstante disso, desde o começo de 2012, uma política pública bem interessante tomou as rodovias do estado de São Paulo: são utilizados asfalto enriquecido com borracha pulverizada provinda de pneus inservíveis para a construção de vias. 

Fonte: SiNiCESP

Este plano foi garantido pelo deputado do Partido Verde, Reinaldo Alguz, tomando como base a preocupação com o volume excessivo de produção de resíduos sólidos, no qual a procura por uma destinação adequada seja buscada.



26 de ago. de 2013

Concreto Romano - Concreto Marítimo

Fonte: Berkeley Lab


Algo curioso sobre o concreto usado pelos antigos romanos é sua incrível resistência e durabilidade, o concreto atual simplesmente não consegue chegar aos pés deste material produzido durante o período clássico da antiguidade. 




A pesquisa, liderada pelo brasileiro Paulo Monteiro, feita pelo Laboratório Berkeley da Universidade da Califórnia, juntamente com outros institutos internacionais, descobriu a razão do porque existirem portos romanos feitos de concreto que resistem a mais de 2000 mil anos de ação contínua do desgaste químico e físico das águas do mar.

Fonte: Global Wood


Os romanos utilizam uma mistura de cal, cinzas vulcânicas, tufo vulcânico e água do mar, tudo isso em uma fôrma de madeira. A água do mar hidratava a cal e nessa reação incorporava água em sua estrutura e assim dava liga à mistura. Ainda assim isso não é surpresa.


Fonte: Global Wood


Hoje utilizamos o cimento Portland como principal agente no concreto moderno, porém sua produção é responsável por 7% das emissões mundiais de CO2, uma porcentagem considerável. Essas altas emissões se devem ao fato de ser necessário aquecer a mistura que gera o cimento Portland a mais de 1450ºC, consumindo enormes quantidades de energia e gerando muita poluição.
No processo de produção romano a cal era aquecida a apenas 900ºC, dois terços da temperatura necessária para fabricar o cimento Portland, às vezes menos ainda. Só essa redução de temperatura geraria uma enorme economia da energia de produção e redução nas emissões de CO2. Além de utilizar muito menos cal que o cimento atual. Apesar de responder a fonte de sua maior sustentabilidade não é aqui que está a resposta para durabilidade do concreto.
Quando o concreto atual é hidratado ele gera o que chamamos C-S-H, Silicatos Hidratados de Cálcio. Já o concreto romano quando era hidratado gerava o que está sendo chamado pelos pesquisadores de C-A-S-H, Silicatos-Aluminatos de Cálcio Hidratados. Sendo o C-A-S-H o real responsável pela durabilidade e resistência física do concreto romano.




Essa combinação de elementos surge devido ao uso de material vulcânico rico em alumínio. Este material quando passa pelo processo de hidratação e se solidifica em seguida forma uma estrutura cristalina extremamente resistente, pouco encontrada no concreto atual, sendo mais comum em misturas contendo material pozolânico.
Espero que esta visão sobre o concreto possa ser empregada em nosso cotidiano em breve, para reduzir nosso impacto no meio ambiente e aumentar a qualidade de nossas construções.




Sites Consultados: