12 de set. de 2013

Iluminação gerada por bactérias criam o conceito de lâmpadas ecológicas

Fonte da imagem: Philips

Hoje, com o crescimento acelerado da demanda por energia nos centros urbanos surgem, a todo o momento, novas possibilidades comerciais para energias alternativas. Grande parte das empresas se preocupa em criar produtos ecológicos desde a produção até o descarte.
Em 2011, a Philips desenvolveu um conceito de lâmpada que utiliza uma enorme colônia de bactérias para produzir energia. Maiores detalhes no site oficial da empresa, em inglês. A invenção foi denominada Bio-Light e é um conceito que utiliza diferentes tecnologias biológicas para proporcionar efeitos luminosos nos ambientes.

  Fonte da imagem: Philips



Ele explora o uso de bactérias bioluminescentes, que se alimentam de metano e material de compostagem. Alternativamente, a luz de matriz celular pode ser preenchida com proteínas fluorescentes que emitem luz de diferentes frequências. A luminescência é a capacidade que uma substância tem de emitir luz quando submetida a algum tipo de estímulo, geralmente em reações químicas.
"O design também traz elementos modernos: a lâmpada tem uma parede de vidro em forma de células, própria para abrigar colônias bacterianas. Cada uma delas é conectada a finos tubos de silicone por onde o metano e os materiais compostos são conduzidos até os micro-organismos vivos, alimentando-os. Para alimentar cada uma das colônias e manter a produção de energia, a Philips sugere que o metano seja recolhido do processo de trituração de alimentos, como os vegetais, por exemplo." Trecho da matéria 'Empresa cria lâmpada ecológica que utiliza bactérias para produzir luz' disponível no site Olhar Digital.



Fonte da imagem: Philips
 

O conceito apresentado pela Philips ainda não é capaz de substituir a iluminação artificial. Ele é apenas um primeiro passo em busca de formas ecológicas de produção de energia. Contudo, a Philips acredita que o projeto poderá ser usado como um indicador noturno em estradas, sinais de saída de emergência, faixas de advertência em lances de escadas, monitoramento do status de doenças como a diabetes em pacientes individuais, utilizando biossensores bioluminescentes e outros usos que necessitem pouca iluminação.
De acordo com a Philiphs, não é uma tecnologia para os dias de hoje e sim para o futuro. É um conceito de design visionário. Contudo, provavelmente essa descoberta incentivou outras pesquisas. Neste ano de 2013, três alunos da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, projetaram uma lâmpada que funciona com a luminosidade gerada por bactérias do sistema digestivo.

  Fonte da imagem: Ciclo Vivo

De acordo com notícia publicada no site Ciclo Vivo "O projeto, que foi batizado de “Biobulb”, sugere que a iluminação seja produzida pela bactéria Escherichia coli – presente no intestino dos seres humanos. Para isso, a equipe de biologia sintética busca uma maneira de modificar o gene da bactéria para fazer com que ela brilhe como os vagalumes."
"Os estudantes também pretendem desenvolver um ecossistema auto-suficiente. Serão colocados vários tipos de micro-organismos, cada um desempenhando uma determinada função e mantendo a vida dentro de um recipiente fechado, como uma lâmpada. Esses organismos então gerariam luz por meses sem gastar energia elétrica."
O projeto “Biobulb” já teve o apoio de financiamento coletivo de mais de dois mil dólares.
Alexandra, integrante do grupo, acredita que além da questão da falta de acesso a eletricidade (situação ainda comum nos dias atuais), o projeto pode reduzir o preconceito com os experimentos feitos com organismos geneticamente modificados. Os estudantes pretendem que o Biobulb sirva como ferramenta educacional de conscientização acerca das possibilidades da engenharia genética.
           
Vídeo em inglês no Vimeo:
Frontier Fellows Biobulb Project

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