Fonte: Delas Casa IG
Confira os custos de itens que causam menor impacto ambiental e ampliam o conforto.
Seja com pequenas mudanças de atitudes
ou adaptações que necessite um pouco mais de investimento, é possível morar em
uma casa sustentável que contribua com o meio ambiente, além de adotar hábitos
sustentáveis.
O Portal UOL selecionou alguns itens e
pesquisou a média dos custos que ajudam a tornar seu doce lar ecologicamente
correto;
Telhados verdes
Os telhados verdes podem ser compostos
por vegetação como gramíneas e arbustos instalados no topo dos telhados das
casas ou em lajes de concreto na cobertura de edifícios. A principal vantagem
dessa tecnologia é a absorção de parte da radiação solar, o que reduz as ilhas
de calor e aumenta a qualidade ambiental das cidades. A cobertura verde também
melhora o isolamento térmico interno, o que possibilita temperaturas mais
amenas no verão e, consequentemente, a menor necessidade de ar-condicionado e a
economia de energia elétrica. Além disso, o isolamento acústico da edificação é
melhorado e há uma contribuição para o aumento da biodiversidade na cidade e
para a redução da poluição atmosférica.
Para quem quer deseja construir um
telhado verde, há diferentes sistemas disponíveis no Brasil. Normalmente, eles
são compostos por camada de impermeabilizante, manta geotêxtil, módulos de
plástico reforçado, substrato e vegetação. Como referência, um módulo de
instalação simples custa, em média, de R$ 50 (sem vegetação) a R$ 150/ m² (com
vegetação). O valor é calculado por metro quadrado e a variação deve-se ao tipo
de equipamento utilizado, às plantas escolhidas e à logística de instalação. Há
também opções mais complexas, que incorporam cisterna para captação de água da
chuva (cerca de R$ 190/ m² com vegetação) e minhocário para o tratamento de
resíduos orgânicos (em torno de R$ 250/ m²).
Tintas ecológicas
São consideradas tintas ecológicas as
formuladas com matérias-primas naturais, sem componentes sintéticos ou insumos
derivados de petróleo. Um exemplo é a pintura a cal, também conhecida como
caiação. Esse tipo de acabamento permite a difusão do vapor d’água (ou
‘respiração’) da parede, porém tem baixa viscosidade, ou seja, escorre e
respinga durante a aplicação, apresentando aspecto “manchado” em dias de chuva.
Fácil de executar, a caiação custa menos do que a pintura convencional com
tintas sintéticas: para ter uma ideia, um saco de cal (oito quilos) custa cerca
de R$ 10 e é o suficiente para cobrir 40 m² por demão.
Há, também, as tintas sintéticas livres
de compostos orgânicos voláteis (COVs), elas não liberam hidrocarbonetos
aromáticos agressores à camada de ozônio e à saúde de quem as manipula. Porém,
antes de adquirir esses produtos, vale conferir se não há o emprego de metais
pesados em sua composição, pois eles também fazem mal à saúde e ao ambiente. Também
é necessário ter atenção para não cair no apelo de marketing de alguns
fabricantes: produtos sem cheiro e à base de água podem ser ótimos em vários
aspectos, mas não necessariamente estão livres de componentes tóxicos. São
poucos os fabricantes no Brasil que trabalham com tintas efetivamente sem COV.
Até por isso, esses produtos chegam a custar o dobro das tintas convencionais:
uma lata de 3,6 litros sai por cerca de R$ 100.
Apontados como o grande salto
tecnológico na área de iluminação dos últimos anos, os LEDs (light emitting
diode) podem substituir lâmpadas incandescentes e fluorescentes com vantagens
ecológicas. Os LEDs são dispositivos eletrônicos feitos a partir de um bulbo de
material semicondutor. Quando o sistema recebe a corrente elétrica, os elétrons
do semicondutor são excitados, liberando energia na forma de luz. Uma lâmpada
com LEDs de alta luminosidade consome em torno 8 W para atingir a mesma emissão
luminosa de uma incandescente de 60 W. Além disso, os LEDs não contêm metais
pesados e têm vida útil 40 vezes maior que a da incandescente comum. Em
comparação com uma lâmpada fluorescente tubular de 40 W, uma unidade com
tecnologia LED de 12 W também sai na frente no quesito economia: são cerca de
28 W/ hora.
Hoje em dia é simples aderir ao uso de
LEDs, pois grande parte dos modelos oferecidos não exigem a troca de soquete. A
restrição ao uso dessa alternativa ainda é o preço. Embora a indústria ofereça
uma gama cada vez maior de dispositivos, uma boa lâmpada LED pode custar até
sete vezes mais que uma equivalente fluorescente compacta. Trocando em números,
a lâmpada LED de 7 W custa entre R$ 40 e R$ 50, enquanto a equivalente
fluorescente compacta sai por cerca de R$ 15. Todavia, se feitos os cálculos a
longo prazo, a substituição pode se pagar em poucos meses, devido à redução da
conta de energia elétrica.
A variedade de sistemas para captar e
reaproveitar a água das chuvas é crescente. No geral, eles são compostos por um
filtro, reservatório ou caixa d’ água, clorador e bomba, mas o conjunto depende
do uso que se fará do líquido captado. Em princípio, qualquer casa com um
telhado está apta a receber esse tipo de tecnologia, o que pode ser feito,
inclusive, pelo próprio morador ou por um encanador. As vantagens
associadas ao reuso de água da chuva são várias, desde a redução no valor da
conta à contribuição no combate às enchentes. Os sistemas tendem a adaptar-se
às calhas e aos condutores já existentes no telhado, porém, quando a intenção é
utilizar a água pluvial para descargas, pode ser necessário mexer na cobertura
e na hidráulica. O preço dos kits para reaproveitamento da água da chuva varia
em função do tamanho e da complexidade da tecnologia, girando entre R$ 250 e R$
1,5 mil (para telhados de 50 a 200 m²). Mas estima-se que o retorno do valor
investido ocorra em um intervalo entre dois e cinco anos.
Compostagem doméstica
Fonte: Meu Mundo Sustentável
Uma limitação desse sistema é a inconstância, já que a produção varia de acordo com a luminosidade. O custo do equipamento depende do seu tamanho e dos elementos técnicos selecionados, variáveis em função das características do local da instalação. Para o consumo médio de uma residência (250 kWh/ mês) é necessário um investimento de aproximadamente R$ 20 mil para a aquisição de painéis solares e demais componentes.
Materiais reciclados e madeira
certificada
A construção ou reforma de uma casa
pode utilizar uma série de materiais reciclados ou que geram menor impacto
ambiental. Alguns exemplos são o emprego de madeira de demolição para a
fabricação de portas e janelas; de tijolos de demolição para paginação de pisos
ou paredes e de madeiras de reflorestamento que apresentam rápido crescimento,
como o eucalipto, para a composição de peças estruturais. Aliás, a madeira é
uma questão importante para a casa: ela compõe estruturas e mobiliário,
portanto, sua procedência deve ser verificada. O uso de madeira legalizada é
obrigatório, mas ao classificá-la dessa forma, apenas indica-se que a extração
é autorizada por órgãos ambientais. Ou seja, a denominação “madeira legal” não
significa que sua produção/ extração seja ambientalmente correta.
Para saber se a madeira é resultado do
manejo não predatório da floresta, busque pelos selos de certificação que
identificam que o produto é oriundo do bom manejo florestal. É o caso do FSC
Brasil (Conselho Brasileiro de Manejo Florestal) e do Cerflor (Programa
Brasileiro de Certificação Florestal). Em comparação com a madeira legalizada,
a madeira certificada é mais cara (cerca de 8%). Mas um móvel feito com madeira
certificada não precisa, necessariamente, custar mais. É possível comprar
madeira certificada pelo mesmo preço da madeira legal, dependendo das condições
de negociação, entrega e compromisso de relações de longo prazo.
Dispositivos economizadores de água para torneiras e vasos sanitários
Há uma série de equipamentos e dispositivos que podem ser utilizados nas residências e que minimizam o desperdício de água, sem comprometimento do conforto e da funcionalidade. Um exemplo são as torneiras com temporizadores e sensores, capazes de reduzir em até 40% o consumo. Há, também, os acessórios que limitam a vazão de torneiras de banheiros e cozinhas, atingindo uma economia de 50% a 70%: a boa notícia é que um arejador custa, em média, R$ 5 reais e pode ser facilmente acoplado a qualquer modelo.
Desde 2003, todos os vasos sanitários
fabricados a partir daquele ano necessitam apenas de seis litros de água para
uma descarga completa, uma evolução significativa, uma vez que a norma anterior
previa 12 litros para a mesma função. Todavia, tal progresso não ocorreu nas
válvulas de fluxo mecânicas, justamente o equipamento que libera a água. Uma
alternativa é adaptar a válvula de descarga convencional para o modelo de dois
fluxos: um para descarga parcial, com consumo de três litros de água, e outro
para a completa, com vazão de seis litros. Esse tipo de produto permite uma
economia de 30% de água por ciclo de descarga em relação aos modelos mais
antigos. O preço do kit adaptador gira em torno de R$ 160. Já o conversor “dual
flush” para uma caixa acoplada existente sai por R$ 75, aproximadamente, e pode
ser facilmente encontrada em “home centers”.
Arquitetura bioclimática
Arquitetura bioclimática
Fonte: Ares Arquitetura
Um projeto de arquitetura pode, e deve, ser desenvolvido explorando as condições de insolação e ventilação de modo a economizar energia e a proporcionar conforto aos usuários. A mais elementar das estratégias utilizadas nesse sentido é a ventilação cruzada, promovida quando as aberturas de portas e janelas são posicionadas em paredes opostas ou adjacentes no ambiente, favorecendo a circulação do ar. A ventilação natural pode também ser feita também pelo chamado efeito chaminé, que ocorre por conta da diferença de densidade entre ar quente e frio.
Para tirar proveito desse princípio, a construção deve ter pequenas aberturas instaladas próximas ao piso, para a entrada de ar, e outras mais altas (no teto ou nas paredes) para a exaustão. A ideia é permitir que o ar quente suba e busque saída pelo ponto mais alto do ambiente, aumentando a entrada de ar mais frio pelas aberturas inferiores. Também é válido evitar a incidência da radiação solar direta na casa e, assim, diminuir a necessidade de resfriamento artificial. Para isso, a arquitetura pode prever proteções solares das aberturas a fim de garantir algum sombreamento através de persianas externas, beirais e brises.
Vedação eficaz
Fonte: Universo Jatoba
As esquadrias são componentes fundamentais para assegurar o isolamento térmico
e acústico a uma casa e, consequentemente, aumentar a sua eficiência
energética. No inverno, por exemplo, frestas indevidas nas janelas podem tornar
o ambiente mais frio e exigir aquecimento artificial. Há diversos materiais
disponíveis para a estruturação das esquadrias (alumínio, madeira, PVC) e com
preços variados. O mais importante é que o sistema vede efetivamente e que seja
dimensionado de acordo com as condições locais de exposição ao vento. No caso
das esquadrias feitas de madeira, por exemplo, é importante a opção por um
lenho de boa qualidade (como a teca e a itaúba), com resistência às
intempéries.
Sites Consultados:
Sebrae Sustentabilidade
Sebrae Sustentabilidade
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