9 de out. de 2014

Tijolo de Borracha


Nos fundos da fábrica de estojos de instrumentos musicais, Paulo Peceniski e sua esposa, Andrea, donos da Solid Sound, tinham um grande problema - montanhas de etil-vinil-acetato (EVA) recortado, sobras do revestimento dos cases. Chegaram a juntar 20 toneladas de lixo sem destino. Preocupados com o rumo desse descarte todo, os Peceniski saíram em busca de uma solução de reciclagem.

Fonte: Bem  Paraná


No final de 2010, veio a ideia de criar tijolos. Com os conselhos de um amigo do setor cimenteiro e o investimento em estudos conduzidos pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), o casal elaborou a fórmula dos blocos, uma mistura de EVA triturado, cimento, água e areia.



As análises de segurança e outras propriedades se mostraram satisfatórias, e o melhor: por causa da borracha na composição, as peças isolam ruídos (absorvem 37 dB, contra 20 dB do tijolo baiano comum) e apresentam qualidades térmicas.

"Utilizamos para construir nossa própria casa, há dois anos, mas paramos depois disso, pois ainda não temos condições de abrir uma indústria", conta Paulo. A residência de 550 m² em Curitiba, assinada por Eliane Melnick, é toda feita do material.


O PROCESSO DE RECICLAGEM: 
A BORRACHA
Vem das sobras do EVA, usado no forro dos estojos de instrumentos musicais. 

O BLOCO
O material é primeiro triturado e moído. Adicionado a cimento, água e areia, torna-se a massa do tijolo maciço. 

A CASA PRONTA
Com 550 m2, o imóvel em Curitiba apresenta temperatura interna estável e silêncio garantido. 



A CONSTRUÇÃO

Cerca de 9 mil unidades constituem as paredes. Entre a laje e a cobertura, entraram as lajotas.



Vídeo de reportagem do Paraná TV:
Restos de EVA são usados na fabricação de tijolos

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